AS actividades de perfuração integradas no projecto Coral Sul, na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, retomam em Janeiro corrente, após oito meses de interrupção devido à pandemia da Covid-19.
O Instituto Nacional de Petróleo (INP) afirma que a concessionária MRV, operadora da Área 4 e do projecto Coral Sul, notificou as autoridades moçambicanas sobre a chegada do navio SAIPEM 12000 à cidade de Pemba para o reinício das operações.
“O arranque do trabalho no mar está condicionado somente à observância das formalidades, incluindo alfandegárias, carregamento do material e embarque da tripulação remanescente”, explica o INP em comunicado de imprensa a que o “Notícias” teve acesso.
O INP frisa ainda que a construção da plataforma flutuante Coral Sul FLNG prossegue conforme o previsto na Coreia do Sul, sendo que o início da primeira produção de Gás Natural Liquefeito (GNL) continua programado para 2022.
De referir que o projecto Coral Sul FLNG está a ser desenvolvido pelas concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma, sob liderançada operadora MRV, S.p.A. que, no âmbito das suas actividades descritas no Contrato de Concessão para Pesquisa e Produção de Petróleo, descobriram 77 triliões de pés cúbicos (Tcf) de gás natural.
Para adicionar valor a este recurso, as referidas concessionárias submeteram ao Governo o plano de desenvolvimento, aprovado em Fevereiro de 2016, que descreve o projecto de produção de gás natural e respectiva liquefacção a partir de uma plataforma flutuante.
A unidade flutuante de liquefacção de gás natural, a ser instalada no mar, terá uma capacidade para produzir 3,4 milhões de toneladas por ano (mtpa) de gás natural.
O investimento para este projecto é de setebiliões de dólares norte-americanos,prevendo-se a geração de lucros directos na ordem de 39.1 biliõesde dólares,dos quais cerca de 19.3 biliões reverterão a favor do Estado durante 25 anosde vida útil do projecto,montante este que será proveniente de impostos (IPP e IRPC), bónus, taxas e da partilha do petróleo-lucro.
As concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma incluem a Mozambique Rovuma Venture (MRV) S.p.A. que é uma “jointventure” co-propriedade da Eni, ExxonMobil e CNODC, com de 70por centode interesse participativo, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. (ENH), com 10por centode interesse participativo, a Galp Energia Rovuma B.V. com 10por centoe a KOGAS Moçambique Ltd., também com 10por cento.